A cirurgia endoscópica é um procedimento inovador no qual a operação é conduzida externamente, utilizando um endoscópio de 8mm de diâmetro. Virtualmente todas as hérnias de disco e a maioria das constrições do canal espinhal podem ser removidos endoscopicamente.
Nas primeiras semanas após uma cirurgia endoscópica, uma cinta confortável e ajustável deve ser utilizada. Um programa de reabilitação individualizado é efetivo, especialmente em casos de fraqueza muscular. O retorno às atividades normais é possível em aproximadamente 4-6 semanas após o procedimento.
Esta intervenção cirúrgica pode auxiliar de forma rápida nos casos graves, com altos níveis de dor e restrições significativas do sistema musculoesquelético. A cirurgia totalmente endoscópica da coluna é o procedimento mais confortável para o paciente, nele as hérnias de disco e constrições ósseas podem ser removidos sem que haja danos aos tecidos. Esse procedimento alivia a pressão que atua nos nervos, suprime a resposta inflamatória e dá fim às dores.
Mesmo nos dias de hoje, uma cirurgia de hérnia de disco não é totalmente sem riscos. Contudo, utilizar as tecnologias mais avançadas reduz significativamente os riscos do que era anteriormente. A cirurgia endoscópica é uma técnica que alivia a pressão que atua no nervo, dessa forma elimina a causa da dor. Os pacientes ficam livres da dor imediatamente após o procedimento e rapidamente podem retomar suas atividades normais.
Doenças degenerativas da coluna figuram como uma das enfermidades mais frequentes da sociedade moderna. Um amplo espectro de fatores podem propiciar danos de origem degenerativa. As consequências mais comuns são as hérnias de disco e, em estágios avançados, constrição óssea – conhecida como estenose do canal vertebral.
A formação de uma hérnia de disco envolve o dano no anel fibroso externo. Em consequência, o centro gelatinoso penetra no canal vertebral e pode exercer pressão nos nervos. Isso resulta na clássica dor ciática que irradia pela perna abaixo. O tecido projetado do disco espinhal é entendido como um material estranho pelo corpo e desencadeia uma resposta inflamatória que atrai células do sistema imunológico, estas iniciam o processo de reabsorção da hérnia de disco. Esse processo dura por volta de 6-12 semanas e tem cerca de 80% de cura. Uma vez que a inflamação e a pressão nos nervos causam dor, as terapias convencionais focam na eliminação desse sintoma de forma a dar ao corpo tempo para resolver o problema.
Antes da cirurgia: O tecido do disco (escuro na imagem) está pressionando o nervo (claro na imagem).
Depois da cirurgia: O tecido projetado do disco foi removido, a pressão no nervo foi aliviada e a dor desapareceu.
Antes da cirurgia: A hérnia de disco (estrutura branca) pressiona o nervo (estrutura cor de rosa ao fundo) e causa dor
Depois da cirurgia: A hérnia de disco foi removida, a pressão no nervo foi aliviada e o paciente está livre da dor.
Neurocirurgião, especialista nas patologias da coluna vertebral. Sou um entusiasta das cirurgias minimamente invasivas da coluna vertebral. O conceito que menor lesão dos tecidos ao redor da coluna produz uma melhor recuperação após a cirurgia. Eu me formei médico pela Universidade Federal Fluminense – Niterói em 2002, depois da faculdade fiz Neurocirurgia no Hospital Naval Marcilio Dias – RJ. Em 2007 fui para França e fiz Pós- graduação Universidade Claude Bernard Lyon – França – Hospital Pierre Wertheimer – Serviço de Neurocirurgia Prof. Gilles Perrin. Desde 2016 venho me dedicando à cirurgia endoscópica da coluna vertebral, ajudando centenas de pacientes a recuperarem sua qualidade de vida através dessa técnica.
Em linhas gerais existem duas possibilidades de tratamento de doenças degenerativas da coluna: Tratamentos conservadores e intervenção cirúrgica. O tratamento tem que ser baseado nas circunstâncias individuais e nas necessidades do paciente.